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  • Foto do escritorElisa Scherer

Enfrentar a dor gera o amadurecimento



Desde crianças aprendemos a enfrentar a dor, a primeira dor de que temos consciência de que passamos é a dor física, quando pequenos, corremos, caímos e choramos, até nos acostumarmos com a queda, isso também não significa que paramos de sentir dor com a queda mas teve determinados momentos em que caímos, nos levantamos e continuamos a brincar pois sabíamos que o machucado ia cicatrizar e a dor ia passar. Então quando adolescentes tivemos que lidar com as primeiras decepções amorosas ou desentendimentos entre amigos que nos machucaram, muitos perderam amizades nessa fase enquanto outros choraram por um amor não correspondido, o fato é que tivemos nossos primeiros tombos emocionais, ou melhor, realmente nos demos conta de que os arranhões nos joelhos não eram os únicos machucados que a vida tinha nos reservado, de qualquer maneira, a dor mostra que estamos vivos e isso é incrível.

Já parou para pensar quantas vezes caímos em nossa vida espiritual, emocional, tudo isso junto, e nos fizemos de vítimas e nos despedimos dos nossos próximos como se estivéssemos perto da morte? Nos despedimos quando decidimos não frequentar mais determinado ambiente porque nos decepcionamos nele, nos despedimos de um determinado grupo de amizade porque alguém nos machucou, tudo isso acontece e nós nos comportamos como crianças que levam seu primeiro tombo e choram como se estivessem para morrer, mas diferente de crianças que estão ainda para aprender não nos damos conta que cada vez que nos despedimos estamos mesmo declarando a morte, não me refiro a morte em si, mas para cada tombo a morte que o corresponde, para um relacionamento amoroso que me causou dor eu me despeço das relações, para a igreja que me machucou eu paro de frequentar, para os amigos que me decepcionaram eu paro de cumprimentar, não nos damos conta de que a dor significa vida e que não devemos nos render a ela mas processar cada segundo de forma que permita sua cicatrização.

Entendermos que a dor é necessária nos faz crescer, amadurecer e evoluir como pessoas, olhar para a criança que quando começou a caminhar chorava por um tombinho é como olhar para nós mesmos em nossas dores adultas, entretanto muitos de nós escolhe não crescer mais a partir de determinada idade, não por destino da vida mas por meninice.

“Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, desde que me tornei homem, eliminei as coisas de crianças” -1 Cor 13 :11

A criança é Ensinada


Assim como todas as pessoas aprendem a cair, quase todas aprendem a lidar com as frustrações, seja quem tenha nos criado e educado, certamente nos disse muitos nãos, ignorou nosso choro rô e disse não para alguma compra no supermercado, desde pequenos somos ensinados a nos frustrar, o contrário disso cria filhos mimados e pessoas que se consideram donas do mundo, de casos assim quase todos conhecem algum exemplo. Olhando no espelho pergunto, quantas vezes nos comportamos como filhos mimados? Encaramos nossas frustrações como injustiça e nos negamos a passar por elas? Esse assunto me traz a memória algo que eu particularmente passei a meses atrás, após enfrentar uma decepção em determinado grupo que frequento fui tentada a me ausentar, a me despedir e me comportar como uma filha mimada que faz bico quando as coisas não são conforme planeja. Talvez por ter sido educada a lidar com as frustrações logo fui lembrada pelo espírito Santo de que não poderia simplesmente me despedir, mas mais do que isso, fui ensinada de que na maior parte das vezes para nossos desafios comuns é no ambiente de dor que somos curados, para aquela situação não adiantaria eu me colocar na minha bolha de dor, eu precisava processar aquela decepção ali, me comportar como uma filha mimada me colocando em uma bolha ante social faria morrer meus relacionamentos. A frustração me moldou, e não me refiro a frustrações que merecemos, ou consequência de nossos atos, eu me refiro a dores que vem de graça, aos tombos que chegam como brinde, pois enquanto sentimos dor é sinal que existe vida.

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